17 de mai. de 2008

Arquitetura moderna

Fonte seca de moeda, e cheia de pedidos.
Sem procurar o que fazer, decido sentar com a companhia da boréstia e da interpretação conjugal e coloquial das histórias pensativas que conto-me nessas ocasiões.
Vi uns montes com a cara limpa e corpo cansado sem saber por onde; à esmo. Chuva e sol, mesclaram o céu no dia. Parecia tudo equilibrado, clima e clímax dos indivíduos. A fonte apenas oferecia o suporte. Esperando dos mesmos, o mesmo que todos, que com seus longínquos ares, poderiam dá-la como recompensa.
Caminhando pelo centro da cidade, deparei-me com alguns - digo, com tranquilidade e sorriso em toda imagem. Indagações me surgiram sobre como se constituíram daquele gozo. Na chegada em casa, após dia e interação, senti-me tão só quanto realmente estava. Achava que transferindo tudo aos ouvidos, passaria a angústia que refugiava meu pessímismo. Tomo-me coragem e vou em dia vazio ao encontro do chafariz. Faria em alguns outros momentos o caminho. E, em minha última ida sustentei a tradição. De coroa rasteira ao chão e cara brilhante, foi o lance que reluzente e molhado adentro do antigo confessionário popular, revalorizou os ânimos. Com a ponta do dedo estico minha última lágrima e sigo ao encontro de alguém da família.
Pessoas me encantam como as antigas construções.
Rubens Barizon