31 de dez. de 2017

Balanço

Já poderia estar pensando na festa de Réveillon logo mais, é verdade. Mas, por ter sido um ano com certa relevância pessoal e profissional, construo esta memória no último dia de 2017, para fechar a temporada do blog.

O lado profissional foi testado até o limite nas produções que fiz parte. Resiliência, paciência e a capacidade de entender que nem todos estão ali para entender a sua percepção, ou sequer gostar de você. Algumas sensações de má fé foram estressantemente superadas com a postura que cabia naquela ocasião, mas, que sem dúvidas mexeram com os meus nervos, não posso negar. Por fim, o saldo das experiências foi positivo - Comida di Buteco, RIR e Natal Imperial. Em todas essas oportunidades, as produções foram compartilhadas com jornada dupla, de um prazer enorme que eu encontrei na publicidade, mesmo sendo jornalista.

Sobre o lado pessoal, além de todas as superações que remetem ao profissional, eu vivenciei alguns ciclos, que organicamente me fizeram chegar em uma autoavaliação sobre conduta emocional, mediante às condições do amor em mim e nos outros. Meus momentos são de pura intensidade (eu sei!) e normalmente o histórico costuma perpetuar para o resto da vida. As ideias de ruptura nunca são as melhores, todavia para um romântico de cunho forçadamente realista. Nada parece difícil demais para se contornar com o olhar verdadeiro sobre as situações, inclusive o que não se chega à um fim pontual, por aventura do ego, ou pela utilização da razão como um voto de minerva, numa superfície anestésica do afastamento.  

Os votos são parecidos com o da maioria: a manutenção das pessoas que fazem bem por perto; dar continuidade na carreira profissional e acadêmica; se estressar menos, cuidar da saúde; amar e ser amado.

Rubens Barizon,
por caminhos no horizonte.



 

25 de dez. de 2017

O que temos pra hoje

Poderia ser mais um daqueles textos que antagonizam a expectativa e a realidade, mas o propósito é  fragmentar a ansiedade que a vida reserva.

Tudo me leva a crer que cada um de nós temos uma cota de ansiedade a ser batida ao longo da nossa história, sendo as fontes mais comuns as relações com as pessoas, trabalho, ocupações e responsabilidade. A agitação da vida fragiliza a nossa condição emocional, transformando a razão em uma ferramenta superficial da psicologia de controle, para justificar possíveis julgamentos às "irracionalidades do coração" (amor, paixão, química), afeto, estresse, nossos próprios erros e a convenção do outro como a sua verdade.

 Essa escala é uma variável ampla e pode ser aplicada em diferentes níveis de desgaste das ramificações da sua vida. Já não é mais o contexto, no entanto, o momento que sucede o estalo que ativa involuntariamente a sensação de constante interminável. A esporádica impressão de que 10 minutos podem demorar 10 dias para passar se o pensamento acompanha o desfoque. O silêncio cuida da agonia que arranha a respiração e se valer da consciência plena ajuda a desmontar o espelho que reflete apenas as oposições geradoras do anseio, resultando na quebra da paranoia que fortalece a ansiedade.

A resposta que pude evoluir com sensatez foi a de aceitar as consequências reais com o esforço da naturalidade. Por fim, não pode ser tão diferente do que está se configurando nos últimos tempos.

- Quer que o previsível faça aguçar ou curar? "vai passar... vai passar."


Rubens Barizon,
Crônica da ansiedade







9 de nov. de 2017

O amor quando parece amor, se faz convicção. Quando é amor, não parece traição. Parece rima poética, mas não.

Queria explicitar as formas de amar que entendi da vida até então, ainda que apenas com esses trinta e poucos anos, foram distintas e as semelhanças pareciam amor ou eram amor. Como classificar? Não sei ao certo, no entanto, vamos considerar o tempo da relação, enquanto deu certo e quando nossas convicções nos traíram.

Normalmente, amar demais e dar um basta na relação, pode ser consequência dos erros em excesso por tentar acertar, achando que estava certo. Isso é correto? Seria egoísmo? Ou o outro foi quem não se adaptou a você? Querer estar com a razão é a autoridade mais cruel sobre o sentimento do outro. Compreenda o espelho dessa afirmação.

Comecemos pelo ciúmes e a contrariedade do sentimento. O espinho da relação tem a ver com posse e desdém sobre a opinião sentimental do outro. Li esses dias naquelas frases prontas que nós pesquisamos no Google, algo transformador para entender prioridade:
" A reciprocidade é a mesma para o amor, como para a indiferença" - amar não foge disso, tampouco as decisões tomadas sem o consenso de ambos, o que soa indiferença.

Pois bem!

Uma relação diplomática e serena demais, despreza a segurança que o amor provoca, diminui a intensidade e é possível que acomode uma das partes. O amor pegado demais gera conflitos, mas incendeia o corpo e o coração, ainda que nocivo algumas vezes, pode dar certo diante ao esclarecimento e prioridade para com o outro. O que parece amor e não é, dá uma boa transa e aparenta felicidade à sociedade - "desse tipo, aí eu estou fora!

O que procurar no seu par? Um molde perfeito, tentar uma lapidação, ou aceitar como é e abdicar do querer?

Uma certeza eu tenho... quando dá certo e é correspondido é muito bom! Quando da errado, se prepara, porque doi o coração.

Rubens Barizon

18 de out. de 2017

CRÔNICA, cabelos brancos de um cara jovial

A harmonia do envelhecer e as visíveis transformações naturais do corpo, te fazem posicionar-se de forma careta, corajosa e decisiva.

- Arranco, ou não, os fios brancos que aparecem na barba?  Eis a questão: Retirados...

Entrei numa psicose particular com os cabelos. Sempre foram muitos e ainda são... Mas acreditando na cronologia biológica do corpo humano, não tem outra, somos obrigados perceber a perda e a mudança de coloração dos nossos pelos. Pois logo então, manterei o cabelo grande - a não ser os poucos que surgem isoladamente, esses eu puxo com a mão mesmo e segue o tom escuro.

O encontro do velho com pelos jovens da barba e do couro. Essa atração grisalha não me cativou neste entanto. Porém, adianto que quando se somarem em quantidade, pensarei este estilo orgânico proporcionado pelo passar do tempo. Por enquanto, não. Nem pelo gosto da parceira, eu sou capaz.

Negros! São bastante escuros os meus pelos fiapos alvos se realçam facilmente. Quando os cabelos são mais claros, essa transição da imagem acaba por se suavizar, reiterando que tem gente que nem se importa e nem leria sobre esse assunto - muita maturidade (risos).

Positivo: a idade

RBarizon











29 de set. de 2017

De repente

Sempre buscar argumentos para explicar o que nos acontece naturalmente, pode ser o indício de alguma indeterminação. O texto de um jornalista, por bem escrito, dá a impressão de diagnóstico, porém, esta, não passa de um crônica para a canalização do que não se é capaz de falar.

- Como as coisas mudam de repente, não é mesmo? Com nossas biologias, verdades e convicções, convívios determinados ou temporários, formas de respeitar os limites e por aí vai. As referências surgem para serem absorvidas da melhor forma e dificilmente você encontrará essa evolução em uma de suas leituras - o empirismo. A história das pessoas se desenvolvem por meio das relações com a sua aprendizagem - quem? como? quando... e por quê?

Ao transformar essas inúmeras variações humanas em algo simples e cognitivo, quando falado sobre tal assunto for, começa a fazer o sentido de contextualizar a opinião com seus dualismos particulares e assim justificar  as análises: o costume, a rotina, o comodismo, o prazer etc.

A imagem pode conter: 1 pessoa, sapatos e área internaDar sequência é priorizar. Para as dores, há concorrência. Com ternura no que se propõe, o fluxo das melhores possibilidades surge. Nada cai do céu...

Rubens Barizon

28 de set. de 2017

Sussurro

Imagem relacionada
Enquanto por perto,
tudo muito bom.
Ao longe,
sempre uma indecisão.

Ao pé do ouvido,
bate um coração.
Uma palavra arrastada,
violência da emoção.

Diante ao desconhecido,
uma defesa.
Com medo do sim...
quiçá, esperteza.

Para que pensar?
quando o intuito é sentir.
Com muitos problemas,
realmente é melhor partir.

O amor
soa como um refrão.
A harmonia das coisas,
que podem ser em vão.

Se for para desenvolver,
insistir e resolver.
Para que viver?
sem saber o que querer.

O caráter bem dito,
sem ilusão -
é o intuito desta poesia
para manter o pé no chão.

A memória sussurrada
tem prazer e tem carga.
Nada agressivo,
uma ligeira pancada.

Não falta sorriso,
carinho e "Gargalhada".
Talvez o momento,
não seja para graça.

Adiante e a seguir,
muito me interessa.
O que está por vir:
Eu vou descobrir... sem pressa.

Rubens Barizon











14 de jul. de 2017

Um Conto, um Vigário e um Egoísta

Resultado de imagem para vigário








Parece verdade e é.
As lições mineradas,
que pertencem
a uma mulher.

O vigário e o vigarista.
Palavras tão parecidas,
com significados avessos,
que nos dão alguma pista.

O que toca o coração
é o sentido da religião.
Já o lado negativo,
te leva à ilusão.

Vale viver,
as possibilidades do não
e só assim entender,
a diferente interpretação.

O homem respeita,
em prol de evolução.
Logo o conto de vigário,
se torna uma invenção.

Não é preciso apego,
quando distância é a razão.
Mas tira sim o sossego,
encontre alguma opção.

Rubens Barizon
[Na razão do coração]








19 de abr. de 2017

Interpretação Polêmica Desnecessária

O movimento feminista tem que tomar cuidado para não se perder em arrogância.

Apontar o dedo para toda atitude falha de um homem só vai alimentar mais uma polarização na nossa frágil sociedade - a consciência não tem gênero.

Sou contra as atitudes machistas históricas e culturalmente presentes por aí. No entanto, também sou contra as mulheres prepotentes que pretendem concentrar a direção do mundo em seus umbigos.

Torcemos para que as próximas gerações não venham contaminadas por resquícios autoritários do homem arcaico e fertilizadas por mulheres desequilibradas.

RBarizon

29 de mar. de 2017

Pra depois do almoço

Naturalmente, o escritor utiliza de suas próprias experiências para contar histórias, ou ainda para construir narrativas a partir das observações que os pensamentos criativos lhes conduzem.

Muitas das vezes, o tema que me surge à cabeça é de uma peculiaridade desconhecida até mesmo para quem está a pensar cada palavra daquilo que escreve. Eu tento trazer para a prosa, alguma pitada de 'coisa nova', que nutre melhor o público deste meio digital e vai em favor da modernidade.

Já fazem alguns anos, rabiscar folhas (manuscrito) era um objetivo fixo na minha cabeça. Eu acreditava que aquela fertilidade e assuntos desconexos (enredo do blog) transformariam ao menos, a minoria que o lesse e fosse capaz de entender esses mais de 100 textos, com toda a subjetividade neles presente. E ainda mais, que realmente modificasse o olhar do nosso eu às mesmas situações que a vida impõe a todos de maneira distinta.

Devem estar se perguntando, cade a novidade nisso? Eu respondo, que o exercício de olhar para as nossas atitudes mediante a toda as conexões, amizades, confirmações e expectativas virtuais, acabam por conduzir a sua personalidade com a incrível, velha e conhecida alienação.

Raro demais eu iniciar um texto já sabendo qual título o darei. A minha abordagem principal deste aqui seria a 'paranoia digital' e toda aquela aflição que o outro na rede nos causa. Todavia, toda essa resenha tomou um rumo bem mais suave e eu acabo de modificar o cunho para "se eu soubesse o que escrever", assumindo a identidade de leitura para relaxar... sem pressão, mas com com a ideia de atrair o descompromisso do leitor que vem aqui e perde tempo com a prática da leitura, sem se preocupar com o que está lendo.

Tá aí! agora sim o título do texto...

Rubens Barizon,
Praticando o ofício de atrair o leitor com as crônicas de ler sem compromisso.  Aplicação de conceitos mirabolantes como razão para a leitura, não faz parte deste contexto
.


10 de mar. de 2017

Quem é quem?

Tem machista, tem homem, tem feminista, tem mulher, tem gente chata, tem gente sem escrúpulo, tem direitos, tem exageros, tem gente que concorda e discorda.

 A vida segue...

Popularizar ideologia pode ser bom, pode ser, tem pró e contra. Tem história, tem luta, tem alienação e tem quem caga e anda.

Tem gente que fala uma coisa e age diferente (o que mais tem) e tem quem contra argumenta e é tachado pela vontade de estar certo do outro.

Tem A e B...ainda tem o C. E se parar pra pensar, vamos até o Z.
O excesso me cansa, ou melhor, cansei, de tanto encontrar lados com as palavras.


Rubens Barizon