20 de out. de 2014

A oportunidade de estar certo


 Cada dia que passa, tenho mais convicção sobre o poder da contradição nas relações humanas. 

 Seja lá o meio de comunicação utilizado, a constatação do avanço da contradição vem diretamente das pessoas que tenho escutado por aí. Em maioria, parecem sofrer uma crise necessária de afirmação da verdade e somente a verdade.

 Na narrativa da mesmice, em crise, não existe a possibilidade de erro, "pois esse é o meu ponto de vista e cada um tem o seu". Mesmo entre pessoas próximas, o tom das conversas parecem se polarizar em uma oposição desmotivante, que concorda com a moral esteriotipada criada pelo círculo de informações superficiais que lhes dão direito de opinião e pronto.

 A influência da mídia de massa vislumbra o poder conservador e interfere na interpretação da sociedade com seus modelos de padronização do consumo e da ideia, que afeta a discussão saudável da opinião pública sobre um assunto; se considerado um patamar abrangente. A opinião contrária é uma forma de equilíbrio e soma de valor, o exercício do ego e da tolerância que gera conhecimento.

 Se ter dinheiro na economia atual é para poucos. Por que não ter a razão (né mesmo)? 

Rubens Barizon
- a contradizer as certezas.


8 de out. de 2014

O Oriente Médio da política no Brasil

 O mulçumano segue o alcorão e seus cinco pilares. O brasileiro, segue o ciclo dos mesmos governantes. Seja lá ou cá, a roteirização parece estar pré-definida, cada um do seu jeito - pela guerra ou pela sobrevivência ao controle.

 A votação mostrou uma grande contradição no resultado dos votos, nessa que é uma parte boa das eleições, a velocidade da apuração. A segurança da contagem rápida é outro assunto. A contradição capaz de dar um exemplo para o eleitor é no caso da corrida para o cargo máximo da república, entre Dilma Rousseff e Aécio Neves. Houve uma inversão de valores no histórico dos governo e partido, PT e PSDB, consecutivamente.
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 Na região do ABC paulista, reduto do Partido dos Trabalhadores (PT), a atual presidenta Dilma não conseguiu a maioria dos votos. A insatisfação dos eleitores da região sede do partido, demonstra a rejeição. Em Minas Gerais, estado por onde Aécio Neves já ocupou o senado e o governo, mostra outra inversão e o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) perdeu onde deveria ser um eleitorado que apoiasse a candidatura do tucano à presidência.

" - Seria essa uma manifestação local do eleitorado democrático, tentando mostrar indicativos que devem ser levados em consideração no 2o turno? "

Acreditar na sequência coerente é ter esperança política. Se isso não funciona (e não funciona) continuaremos com a polarização das atitudes públicas. A governabilidade desse país plural, parece se caluniar e negociar, enquanto tudo segue. 

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Já sobre o que compete acreditar numa comparação ao Oriente Médio, observo que se em uma constituição federal (país enorme deste) temos basicamente os mesmos partidos e antigos candidatos reeleitos, faz-me associar um tipo de fundamentalismo, o de falsidade ideológica entre as sociedades, que com pouca diversidade entre seus representantes, não conseguem dar uma nova direção à política nacional.


Por Rubens Barizon - produção independente.
[O fundamentalismo da polarização]







6 de out. de 2014

E o Brasil gira a máquina política

 A engrenagem funcionou bem de acordo com o normal. O pluripartidarismo e as políticas de governabilidade passam seus bastões ao da vez e a mudança que se fala tanto, se perde em meio aos votos.

 Voto de ida e resposta direta. Tudo como se trama. A sociedade da polarização, do medo de não participar da festa da democracia, manteve a antiga forma de pensar eleição. O conservadorismo interfere  e novamente as mesmices - os candidatos desta eleição merecem um capítulo à parte. Até porque, seriam poucas as modificações possíveis com essa votação.

 Nada de surpreendente. Está tudo em controle.