8 de jan. de 2018

Literatura Corrida

Consequência e escolha, a resposta do que se prevê na teoria, como produto dos acontecimentos. O que se apresenta por lá, pode parecer agouro e fado daqui. A cegueira do ponto de vista.

Se comportar conforme os seus princípios não condena a sua forma de pensar, nem a propriedade do sentimento que impulsiona a sua conclusão. Fugir do que se configura é aceitar uma condição ilógica. Mas, todos nós vivemos nossas próprias convicções e involuntariamente estamos suscetíveis à uma visita na morada da saudade, que já havia sido deixada para trás. Natural pensar assim, se o básico estivesse em questão. Explicar, alertar e insistir, se tornam medidas em vão, mesmo sabendo o quê há por dentro de tal ação decisiva. A complexidade da relação humana e os julgamentos das partes distorcem o presente recente e transforma o passado em futuro num simples piscar de olhos.

O que seria mais importante considerar quando estamos diante à caminhos distintos:

" - o objeto de mudança, ou a segurança? o amor, ou a paixão? Se é verdade, ou mera ilusão? "

Cada um pensa no que é melhor para si. Os motivos passam pela experiência, personalidade e críticas. O arrependimento é o parceiro da comparação, quando a primeira insatisfação surge. As nossas escolhas abrem portas e fecham caminhos, como qualquer opção que determinamos para nós. Eu costumo chamar essa dúvida sobre o que ficou pra trás de "pecado da evolução". Aprendemos lições a partir da intimidade que temos com alguém e nos tornamos pessoas melhores para uma próxima oportunidade - Sad But True.

Quando escrevo algo, o processo de construção que me desafia é transformar o miolo da minha particularidade em uma interpretação com dimensão mais abrangente. Por exemplo, como eu contextualizo um fato para que o leitor possa se colocar na posição mais próxima de uma realidade construída e assim eu abordo as orientações que a vida costuma impor à grande maioria. A percepção do texto, eu absorvo durante os bate-papos que tenho por aí e observo que quase sempre as histórias fazem o mesmo percurso.

Repetir parece um erro.
Insistir é um erro.
A liberdade, uma condição.
O silêncio, a razão.

Rubens Barizon