25 de out. de 2016

O Surto Libertário

O Surto Libertário
uma crônica sobre a liberdade

Os surtos libertários são cada vez mais recorrentes à maioria das pessoas que sofrem com o sufocamento do dia dia e a dose de acaso passa a ser uma compulsão consequente. 

A quantidade de pessoas que adotam o costume, de vira e mexe se entregar a liberdade absoluta, aumenta e as oportunidades para o novo (de novo) garantem o desgaste do amor clássico. O peso da observação é o limite dessa ação. O X é reconhecer os movimentos de erupção e prever o momento de ativar o modo avião. 

Discussão:

" Até onde duas pessoas suportam o surto libertário do companheiro(a)? "

" Quando um outro alguém atrapalha o fluxo natural do seu bem querer? "

Diria o bom conselheiro: " Não quer dar satisfação? Não use da ilusão, fique só e seja livre "

Essa história foi pensada em uma hipótese a considerar um casal, que admite tais surtos quando a mesmice embola a garganta e bloqueia o ar. No entanto, a relação de liberdade e compromisso devem ser cuidados para não afetar a moral de quem aguarda a sua solicitude. Complexo, mas pode dar certo, se as mágoas e maldades do passado não interferirem no autocontrole de quem está sob pressão. A má interpretação do devaneio do outro pode colocar tudo a perder... 
Com razão, por encontrar uma troca de mensagem no celular do seu par após uma noite de porre. Ou sem razão, por pensamentos mirabolantes que estimulam a desconfiança e o maldito ciúmes. O indicativo e o subjetivo, o que seria menos danoso à saúde mental? 

O apagão esporádico pode estar relacionado a uma traição momentânea, a uma mera distração, ou a uma aventura em busca do proibido, o que normalmente envolve adrenalina e descontentamento, o que modifica o sentido de liberdade concebido ao significado construído para definir o surto libertário. 

Creio até que, a qualidade 'paciência' venha transformando-se em uma virtude de compreender os descontroles involuntários causados pelo acúmulo de encheção de saco, tanto da vida à dois, como de todas as delongas convencionais impostas pela vida.

Aceitar o desafogo do estresse do seu par é uma das maiores demonstração de amor nos dias atuais. A desconexão do real para a fuga do cotidiano não tem hora marcada, nem manda recado aos compromissos. O que acontece é uma explosão para o norte que o seu egoismo aponta. Pode soar como imaturidade ao entendimento de alguns, para outros, apenas liberdade!

Ignorar a necessidade que alguém tenha de espairecer é basicamente privar a confiança. No entanto, para longe da utopia, há casos e situações, impreterivelmente, de acordo com o momento da relação. Vale ressaltar como os pilares de tal aliança se configuraram (o histórico) vislumbrando todo o risco fomentado pelo medo e paranoia.

É verdade que os 'libertários' acostumam com esse artifício e acabam ultrapassando as provações, chegando a perder a credibilidade. Um recurso para seguir acreditando é ter uma boa conversa olho no olho e prevenir o individual de cada um dos malefícios causados pela falta crença na palavra...
Contudo, há quem prefira o perfil sonso, caprichado em mentiras e omissão.

Rubens Barizon
[Literatura da Vida]




24 de out. de 2016

Passa um vazio

Passa um vazio,
poesia para entender os limites do sentimento do outro e os acontecimentos do percurso


Saudade, o limite.

O equilíbrio da razão,

um imbróglio de requinte,

Surpresa do não.


Desnecessário,

solitário,

sem intenção,

arbitrário.


O que é da rotina?

parece o contrário.

Se a luz é divina,

transforma o calvário.


Disciplina e respeito,

Amante do nato,

questiona o desprezo

Xô! mal olhado.


Enquanto amor

sossego, pudor.

Tá justo por mim,

o verso acabou.


Rubens Barizon,
engarrafando sentimentos

16 de out. de 2016

A prisão

A prisão
uma análise ilustrada da constante forma de se comunicar e relacionar

O cárcere das novas formas de interagir com a realidade. Assunto que daqui por diante vai afetar diretamente as relações sociais e a perspectiva do que pode ser verdade.

Virtualmente, o que eu quero dizer aqui pode possuir um sentido avesso à interpretação do leitor. O valor do que se percebe pelos códigos digitais conduz o substancial a uma superfície de incerteza.

A literatura por sua característica alimenta o psicológico com o comprometimento de entender a mensagem. Em avanço a comunicação, o locutor ganha recursos potenciais para comunicar uma condição de prováveis acontecimentos e imagens. Enquanto o receptor mergulha em um universo capaz de ludibriar o sentido pragmático.

Conforme o propósito enunciado, este papo é para analisar as contradições circundantes ao pensamento intenso sobre o que nos é real. Os contatos rotineiros, decisivos, impactantes, carregados de significado etc.

Ilustração:
Algum casal (2016)

- "Alô! Você está por onde?"
- "Mas, eu não já não te disse?"
- "Disse uma coisa e já está parecendo outra..."
- A resposta vem em tom mais agressivo: "Te mostro foto! eu fiz tudo de acordo, você é quem não entende. A verdade é essa... Acredite no que quiser."
- "A sua verdade é essa... a minha é outra. Depois a gente conversa. A vacilada é rápida e chega pela rede."

- "Hey, peraí! Não desliga! Do que você sabe...?"

Fim da ligação


Rubens Barizon,
as conturbadas realidades virtuais.