Poderia ser mais um daqueles textos que antagonizam a expectativa e a realidade, mas o propósito é fragmentar a ansiedade que a vida reserva.
Tudo me leva a crer que cada um de nós temos uma cota de ansiedade a ser batida ao longo da nossa história, sendo as fontes mais comuns as relações com as pessoas, trabalho, ocupações e responsabilidade. A agitação da vida fragiliza a nossa condição emocional, transformando a razão em uma ferramenta superficial da psicologia de controle, para justificar possíveis julgamentos às "irracionalidades do coração" (amor, paixão, química), afeto, estresse, nossos próprios erros e a convenção do outro como a sua verdade.
Essa escala é uma variável ampla e pode ser aplicada em diferentes níveis de desgaste das ramificações da sua vida. Já não é mais o contexto, no entanto, o momento que sucede o estalo que ativa involuntariamente a sensação de constante interminável. A esporádica impressão de que 10 minutos podem demorar 10 dias para passar se o pensamento acompanha o desfoque. O silêncio cuida da agonia que arranha a respiração e se valer da consciência plena ajuda a desmontar o espelho que reflete apenas as oposições geradoras do anseio, resultando na quebra da paranoia que fortalece a ansiedade.
A resposta que pude evoluir com sensatez foi a de aceitar as consequências reais com o esforço da naturalidade. Por fim, não pode ser tão diferente do que está se configurando nos últimos tempos.
- Quer que o previsível faça aguçar ou curar? "vai passar... vai passar."
Rubens Barizon,
Crônica da ansiedade
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