2 de fev. de 2013

Crônica sem papo de jornal

Como é bom ser normal e livre para escrever o jargão sem culpa de nada. Salve! a independência do veículo próprio. - lar, doce lar. Até porque, como vou falar do que está na boca do povo sem usar esse termo tão bem definido?


Os adjetivos parecem vilões a serem combatidos o tempo todo, macacos me mordam. São tantas as convenções para comunicar bem tudo que vira notícia sem nem pedir licença aos modelos populares de construção simples de frase, que esquecem da máxima esportiva, em time que está ganhando não se mexe.


Ontem ao responder o garçom, surpreendi até a mim mesmo, ao confirmar o pedido com um beleza pura que substituiu na situação o tranquilo bastante usado pelos jovens ao concordarem com alguma decisão.


Resolvi com este texto, ministrar uma singela liberdade aos jornalistas que arrancam os cabelos para criar frases concisas como diz o mandamento do bom jornalista e blá blá blá. Convenção que seria de muita valia se realmente tivéssemos uma quantidade decente de leitores assíduos e uma postura de classe dos professores do curso de jornalismo que diminuem o nosso salário durante as aulas: se querem dinheiro, procurem outra profissão. O maior jargão a ser combatido deve ser este. Passível de CPI.


Por mim (opinativo mesmo), não seria preciso um diploma para escrever e ganhar pouco. Que balela idiota! refiro-me aos perdedores que diminuem o nosso salário e às regras impostas como um bom texto a se ler com toda aquela clareza, objetividade, informações, leads e outras convenções. Jesus.
Tenho dúvidas se para escrever um roteiro, existem tantas regrinhas também. Espero que não.

Os 100 anos de Rubem Braga é o que me motivou a erguer a bandeira que o texto pode ser incrível sem nem ter um tema pautado para redigir uma leitura como a do jornalista nota 10.


Até pra escrever número tem regra. Repito 1 ou 10.000 mil vezes o que me der na telha, da maneira que me vier na mão, quando estou a escrever.
Não estou no trabalho e dou-me permissão a isto, pondero ao meu próprio texto.

Soltem os cachorros e balancem a roseira, afinal das contas !É carnaval!


Por Rubens Barizon


7 anos de horizontecurvilineo. Parabéns para este aqui, que é o meu cantinho, o meu refúgio.

Um comentário:

samantha chuva disse...

Muito bom! Adorei o jogo de palavras! ;)