No melhor estilo Madonna, o show do tour MDNA da diva, no Parque dos atletas - Rio, deixou aquele sentimento de pecado e crença que a Popstar de 54 anos transformou em marca registrada.
O terceiro compromisso da cantora 'performer' com o público brasileiro começou com o soar de um badalo, um defumador gigante sacudindo os maus olhados em ritmo de procissão. O que criou um suspense ainda maior, foi quando por tras de uma cortina, no cenário repleto de aparelhagem dirigido pelo produtor Jake Berry, Madonna apareceu ajoelhada erguendo um terço e fazendo o sinal da cruz, como quem antes de pecar, pedia licença a Deus para começar a sua apresentação. O atraso da entrada no palco incomodou grande parte do publico. E não podia ser diferente, era domingo e o local do show apresenta difícil acesso. A chuva pouco antes do show acalmou os ânimos.
Já sobre o palco, Madonna apresentou o CD da turnê e protagonizou cenas teatrais empunhando armas de fogo. Durante a musica "Gang Bang", ela acabava com os seus inimigos bailarinos com a provocação sexual de sempre. No cenário, um quarto de motel tinha uma cruz de ferro em foco, que servia para a musa escalar toda a estrutura e disparar todo o repertorio durante o 'hit'. Madonna caminhou sobre a corda bamba (slackline) e cantou suas cancões agarrada na guitarra, acompanhada pela banda. Rocco, um de seus filhos, que nao passa dos 12 anos de idade, também fez a sua parte ao lado da mãe, no mesmo momento que os bailarinos se apresentavam de maneira solo. A diva teve ousadia para mostrar o lado piriguete, com requebradas dignas do funk carioca.
A repercussão das quase 70 mil pessoas que estiveram presentes no evento foi a melhor possível. Basta saber, se o pique de trinta anos de carreira da Popstar ainda tem fôlego para estar em cena mais uma vez em terras brasileiras. A cantora tem mais 3 apresentações por aqui: São Paulo e Porto Alegre.
Por Rubens Barizon
["Don't try, Bitch" - frase repetida por Madonna diversas vezes durante o show]
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