20 de abr. de 2013

A consideração



Os compromissos fazem parte do tempo. O tempo não é apenas dinheiro como o princípio burguês sugere. O legado maior da vida (em conjunto) é a consideração que perdura durante todo o tempo afastado de alguém, que não foi algo durante o tempo vivido próximo em alguma fase; um contato antigo que permanece intacto, segundo a intimidade da ocasião.

Motivado pela conversa que tive com um ex camarada de trabalho, enquanto eu era recepcionista de uns flats tradicionais da Zona Sul do Rio, o Diego, percebi que a importância daquela ocupação de remuneração pontual, por qual nos conhecemos, era apenas o cenário para expandir conceitos de como entender a vida sem utilizar das necessidades, parâmetros de equilíbrio para se julgar o momento.

Percebo que os mesmos adjetivos continuam a me emplacar, no sentido de definição. Já incomodou mais. Entretanto, atualmente, eu adoto um comportamento emocional mais evoluído - não por querer. O tempo que não é o dinheiro, envelhece e traz experiência. Até porquê pode-se entender o rótulo como um prestígio. Isto, quando há sensibilidade e filosofia para não deixar a oportunidade de saber da vida por através dos sentidos: visão, tato, olfato e audição (fiz questão de dar os nomes).

As propostas midiáticas e as emendas de governo atribuem um caminho estreito de opções. Se o espírito crítico comum permanece inerte, a consciência egoísta procede conforme o projeto do mundo criado pelos sujeitos que praticam ação. Um domínio que a maioria entende como correto e faz destoar o que não segue o padrão decisivo.

A minha consideração é mútua quando encontro alguém que foi(é), ou melhor, permaneceu querida, mesmo quando a catacrese do ponteiro das horas, por incontáveis vezes, tenha girado e marcado o tempo afastado. Os sentidos, me tomariam muito tempo de vida a explicá-los, talvez em alguma outra parte do meu diário.


Rubens Barizon
Com sentimento de estar rumando na direção certa, ou do bem.

3 comentários:

Diego lima disse...

Sentimento mútuo!!!!
grande abraço!!!

Tathiana Tato disse...

É por aí mesmo brodinho. O importante é não deixar o tempo correr demais e apagar a consideração.
Vou compartilhar com você o que penso desse tempo:

tac-tic

O tempo que corre,
cronológico ou metereológico,
nunca caminha em vão.
É um trem que passa,
apressado, pela linha da vida.
Sem deixar espaços vazios,
a quem se perde em lhe contemplar.
O tempo que corre,
mostra passado, presente e futuro.
Tudo o que nunca se perdeu.
Tudo o que não se encontrou.
Tudo o que um dia se quis.
E tudo que nunca se terá.

O tempo que corre,
contra nós e a favor dele,
deixa muito mais do que marcas, dias, ou nuvens.
Traz consigo nova esperança,
da mesma forma que aproxima do fim.

O tempo que corre,
passa devagar para poucos,
rápido para muitos,
e se encerra para todos com uma única certeza:
Todo tempo tem seu fim.
E o segredo
está no inverso dos ponteiros.

Unknown disse...

Rumar para o caminho certo é a única certeza que temos para estarmos aqui nesse mundo. Mesmo que não queira, o homem vai ter quantas chances necessário for, para rumar ao bem. Keep Walking! =P