Um dos questionamentos que encasquetam minha reflexão sobre a sociedade é o padrão comportamental alienatório que se transforma em cultura.
Diante a todas as possibilidades na era da informação, parece que a originalidade, criatividade e naturalidade, são características cada vez mais suprimidas pelo conceito de aceitação ao esteriótipo da imagem, que impulsiona o meio ditador com moldes e costumes superficiais.
Numa entrevista da Martha Medeiros (jornalista, escritora) para o programa da Marília Gabriela, na GNT, a colunista confessou sentir falta de pessoas diferentes e ainda disse enxergar que a maioria das pessoas são semelhantes e as relações entre elas, repetidas. Foi de um conforto sem dimensão, saber que essa percepção está sendo compartilhada - ufa! O problema é que ela também admitiu ser uma representante da sociedade 'integrada' e que gostaria de ser mais alternativa. Com esperança, prefiro crer que isso tem a ver com a necessidade que aprisiona.
A resignação a este contexto, que eu vou chamar de 'loucura bem trajada', talvez seja mais complexa do que acreditar no potencial singular de cada pessoa. Em vias por onde o mínimo detalhe distorce a realidade e o transforma em sensacionalismo, prefiro fantasiar-me de eu mesmo, apostando no futuro do indicativo da boa fé.
Rubens Barizon
*Crônica do cotidiano*
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