
Ao escrever sentimento, a linguagem necessária e espontânea, quando se trata de amor, vai de encontro às vias da poesia. Por essa razão, a leitura a seguir, puramente prosaica, sem devaneio do amor romântico, se concentra em fatos reais, com dose de sentimentalismo e verdade. O compromisso com o coração, a razão e a literatura aprendida com a vida.
Amar tem suas advertências. Se está tudo bem, não há nada melhor. Se existem desconfianças, o que era esplêndido mostra-se Rodriguiano demais. Se o sentimento vasa por verdade, aí não vale o orgulho da decisão. Se a razão diz o caminho certo (valor lógico), raramente pode ser diferente. Se for amor, aí ... todos esses "se", não podem ser explicados. Somente a viver.
Aos cachos de uma morena com sorriso lindo e olhos mel, o deslumbre carnal e a interpretação alheia, passa a ser mero detalhe. Ainda mais, quando à beira dos trinta anos de idade, finalmente, compreendo a realidade do coração de um outro alguém. Essa mesma mulher pode causar tremores por amar demais e querer deixar de banda, uma decisão para com o futuro. Porque com esse amor, não cabe nada além de sucesso pelas histórias envolvidas. A escolha da palavra segue o raciocínio de algo bem sucedido. Mas, quando é amor, até se está errado vira certo.
Alimentar o querer... não poder. Poder e não querer. Resolver contas com valor emocional, de despedida ou reconquista, faz eu ter a certeza de que amar não tem o mesmo significado de antes. Enxergá-la sem machismo, não precisar julgar suas imperfeições. Amar sem medo de ser feliz, passou de indecisão e planos pessoais, para o campo transcendental, o que me faz muito bem.
Aos sorrisos e dificuldades que a peça ensaiada pela vida prega.
Com o coração leve e a razão moderada,
Rubens Barizon
"- O retrato literal do momento de um homem."
Nenhum comentário:
Postar um comentário