Com a onda da primeira pessoa conectada e originalidade copiada, o percurso do sucesso individual esbarra nas convenções exageradas do métier. Orações, que me levam a deduzir uma crítica à nós, por um passeio de códigos justificáveis.
- É possível pensar em uma crise de protagonismo?
Me senti tentado a prestar atenção em alguns desvios do que somos e em que meio nos encontramos. Os perfis são transpassados do real para a rede numa constante atualização do que tentamos ser ao olhar do outro.
Alimentar o ego é bom e permitir-se à sensação de potência quando você faz o que bem entende com o seu pacote de dados é como bater o martelo na função de juiz do seu próprio julgamento. E quando todos param para perceber nossa beleza e ouvir nossas histórias? Bom demais! Permita-me apenas contextualizar uma coisinha; ouvir não, visualizar e seguir a história da nossa vida - função essa, que permite até quantificar o quanto você está satisfeito consigo mesmo (mania de se rever), ou quanto o seu público está "interessado em você". As nossas personas estão seguindo tendências em blocos, o que permite se engajar em situações comportamentais distintas, dependendo do meio em que você narra tal ocorrência.
O papel do coadjuvante se torna essencial para que a minha crença nas pessoas continue. Estranho pensar no mundo de reproduções digitais sem a exposição do que fazemos de melhor. Mais difícil ainda é entender que dependendo das suas pretensões sociais, se torna quase impossível não entrar nesse "jogo do eu".
Deixa eu terminar o texto por aqui, porque eu já estou quase inserindo uma foto bem legalzona minha para ilustrar.
Rubens Barizon
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