Em ordem alfabética, as três palavras intitulam este texto a fim de atualizar meu parecer dos sentimentos, a partir de uma percepção contemporânea. Vale lembrar, que as definições durante o lazer da escrita, são observações meramente empíricas e não defendem teses.
Ah! o amor... tão folclórico quanto as datas comemorativas que nos forçam o ato de presentear. Ele, o amor, vem se camuflando e já faz algum tempo. Ainda sendo um crente do amor, a imagem concebida antes, como uma superestrutura inabalável, se modifica conforme as novas formas de interação, necessidade e obrigação. A confusão é iminente quando a felicidade se torna causa e ponto de partida para entender a formicação no peito à despeito da reciprocidade.
"Pega e não se apega" - Fácil, fácil! Mas, não é bem assim. O apego intercede o antagonismo sentimental, unindo as mãos do amor e da paixão. De fato, os dias atuais parecem estar passando mais rápido e com isso, as dúvidas sobre as oportunidades personificadas em outros. A liberdade é a via crucis do estado de apego e o caminho para o bem, ou mal. A distinção das diferenças está sob constante vigilância, facilmente capitaneada pelas redes cibernéticas, dosada com curiosidade, carência e uma constante infinita de possibilidades.
O por quê? a paixão. Se a felicidade confunde o amor e o apego desalinha cada vida, a saída é se apaixonar. Enfim, a parte doce da vida, que pode potencializar os outros dois elos acima e também, impulsionar seus objetivos diante às comparações feitas. Os prazos, as regras individuais e os limites supõem um amadurecimento para entender a esperança na paixão. A mobilização proposta ao tempo do outro, a particularidade e até onde isso pode levar.
Rubens Barizon
[Sobre temas onde as semelhanças são inevitáveis]
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