16 de mar. de 2014

A dinâmica em proporção sólita das transformações










"O turbilhão de informação. É disso que quero falar. Ou sobre a constante corrida pela independência. Talvez pode ser que seja sobre os meus repentinos conceitos que traduzem o sistema econômico internacional e até mesmo quem sabe, sobre a psicolinguística, ética e comunicação".
 Sem o compromisso de descoberta da substância que combate o câncer, as palavras, digo as minhas, servem para efervescer animosamente em mim a vontade de escrever. Quando as releio e o sentido consciente me espeta aos arrepios catárticos, aí sim entendo o porque escrevo. Admito que em alguns momentos, como este, não me dará o direito de sentir nada, até porque este texto não passa de uma prática corriqueira da escrita.
 Li umas coisas do Freud sobre ID, Ego, Superego. E tudo o que pude perceber foi que as ações ocorrem através da intenção e que todas as teorias comportamentais e filosóficas se equilibram como as moléculas de um composto químico. O consciente e inconsciente me faz remeter a Justiça, que mesmo vedada, camba para o lado que pesar a sua balança, com a moral de uma decisão cega.
 Quanto a comunicação, parece que os pensadores estão no caminho certo, sem comprometer a opinião "imparcial" do comichão que é o jornalismo e a apuração da verdade. A saturação dos negócios caminham na mesma calçada da opinião, seja editorial ou ética. Entretanto, a mistura da hegemonia cultural, jornalismo e a importância de contar uma história, vem alimentando o que já nos foi dito no passado estudantil sobre o que vem por aí -  o padrão perfilado;  agora também, no modo de quantificar o conteúdo da informação pelos veículos.
 A repercussão de uma medida monetária tomada pelos EUA, o que afetaria o mundo dentro do controle de coerção econômica da Pax Americana, seria algo grandioso para os economistas, que nas bolsas especulariam quedas e aumentos cambiais como o blefe num jogo de pôquer . A doutrina do poder, Monroe ou qualquer outra, traduz de for realista que, vai ser potência quem possuir mais do que os outros. A ponto de ameaçar os demais com pujança inconsciente. Mas, esse não é apenas o Tio Sam - somos nós! absorvedores da indústria com produção de opinião em massa, nos fazendo crer que a falta de remédio é uma cura.
 A ligação dos parágrafos se amalgama pelo leitor. Enquanto encontras a meada do que pensei em alertar, me satisfez a falta do que escrever. Eu li certo dia que o Rubem Braga se olhava no espelho e escrevia sobre o seu bigode, ou olhava pela janela e caia no poço de palavras e começa assim a lançar a grafia sobre o que lhe vinha na telha. A explosão de linguagem completou a lacuna deixada por um assunto íntimo.

Com o termômetro ligado,
Rubens Barizon













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